Publicado em 23/11/2021
Olá, sou a Maria do Sol, podem me chamar de Sol!
Sou biamputada desde bebê, tenho 5 filhas e a palavra limite é um conceito vago para mim, pois sempre encontro um jeito para tornar possível, construindo pontes únicas para meus sonhos. Profissionalmente, sou terapeuta, Life Coach Internacional, influencer e criadora do reality show VIDA RADIANTE, que muito em breve vão ouvir falar. Este é o meu primeiro texto por aqui, desde que tive a honra de receber o convite do SINDEPAT para representar as pessoas com deficiência no blog ACESSIBILIDADE. Meus eternos agradecimentos!
Amo escrever, tenho quatro livros escritos e compartilhar história é uma paixão, portanto, se preparem para viajar comigo nesse universo tão bonito que é a inclusão, a diferença e a sensibilidade.
Então, vamos começar! O que é acessibilidade?
Acessibilidade é tornar possível e digno. Se for possível e não for digno, não é acessibilidade. O que quero dizer com isso?
Boa parte da população mundial possui algum tipo de limitação que não se restringe à deficiência, mas também por acidente, comorbidade, idade... crianças precisam de acessibilidade, idosos também. É um assunto amplo, já que a deficiência em si pode ter aspectos muito distintos e temos, também, que ter bom senso com relação a esse assunto.
Tornar possível é ter rampa de acesso, é ter prioridade de fila porque é, realmente, mais difícil para a pessoa com deficiência ficar em pé ou horas na cadeira, é ter banheiro acessível e vagas de estacionamento mais próximas.
Mas será que é digno?
Se eu tenho, por exemplo, uma vaga especial mais próxima mas, ao sair do carro, a calçada é toda esburacada, aquela pouca independência e dignidade que tenho se desafaz porque, mesmo que eu tenha um carro adaptado, uma super cadeira de rodas, um físico de atleta, vou parar ali diante do obstáculo e ter que pedir ajuda a desconhecidos e contar com boa vontade.
Se tenho prioridade de fila, mas todos fazem cara feia, não é digno. Se tenho rampa de acesso, mas é tão íngrime que tenho que pedir ajuda, também perco a dignidade.
Aqueles que lutaram antes de nós conseguiram legalizar a obrigatoriedade de acessibilidade em estabelecimentos comerciais, mas ainda existe uma inabilidade e alto custo para tornar possível e digno. Porém, com sensibilidade, flexibilidade de ambas as partes, adaptação, empatia e bom senso, tudo é possível.
A pessoa com deficiência vive diariamente sua realidade, assim como idosos que têm um andador, não têm uma situação esporádica. Uma pessoa cega não tem apenas aquele momento. Portanto, a sensibilidade tem que se ampliar ainda mais para que, um dia, todos possam transitar, desfrutar da vida e viajar com direitos iguais, podendo também se divertir, pois é o que deixa a vida mais leve.
Espero que teu tenha ampliado seu olhar para o universo da diferença.
Até a próxima!
Maria do Sol
mariadosol.com.br
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