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Você sabe o que são barreiras atitudinais?

Publicado em 28/07/2021

Você pode nunca ter ouvido falar, mas já pode ter praticado alguma vez. As barreiras atitudinais são comportamentos ou atitudes preconceituosas que, ao longo do tempo, tem impedido acesso aos ambientes, convivência, relacionamentos da pessoa com deficiência na sociedade, que podem ser intencionais ou não.

  • Barreira Atitudinal da Inferioridade: acreditar que a pessoa com deficiência não acompanhará os demais em alguma atividade em grupo, por exemplo.

 

  • Barreira Atitudinal da Adoração ao herói: considerar uma pessoa com deficiência como sendo “especial”, “excepcional” ou “extraordinária”, simplesmente por superar uma deficiência ou por fazer uma atividade qualquer; elogiar exageradamente a pessoa por qualquer mínima ação realizada na escola, faculdade ou no ambiente de trabalho, como se inusitada fosse sua capacidade de viver e interagir com o grupo e o ambiente;

 

  • Barreira Atitudinal da Exaltação ao modelo: fazer uso da imagem da pessoa com deficiência como modelo de persistência e coragem diante dos demais;

 

  • Barreira Atitudinal da Ignorância: Desconhecer a potencialidade da pessoa com deficiência;

 

  • Barreira Atitudinal da Rejeição: recusar-se a interagir com a pessoa com deficiência e seus familiares;

 

  • Barreira Atitudinal da Percepção de Menos Valia: avaliação depreciativa da capacidade da pessoa, sentimento de que a pessoa com deficiência não poderá realizar uma atividade ou só poderá fazê-la em parte;

 

  • Barreira Atitudinal da Piedade: sentir-se pesaroso e ter atitudes protetoras em relação à pessoa com deficiência. Estimular o grupo a antecipar-se às pessoas com deficiência, realizando as atividades por elas, atribuindo-lhes uma pseudoparticipação;

 

  • Barreira Atitudinal de Efeito de Propagação: supor que a deficiência de um indivíduo afeta negativamente outros sentidos, habilidades ou traços da personalidade.

 

  • Barreira Atitudinal da Compensação: acreditar que as pessoas com deficiência devem ser compensadas de alguma forma; seja minimizando a intensidade das atividades ou oferecendo-lhes vantagens;

 

  • Barreira Atitudinal da Substantivação da Deficiência: referir-se à falta de uma parte ou sentido da pessoa como se a parte “faltante” fosse o todo. Por exemplo, o deficiente mental, o cego, o “perneta” etc. Essa barreira faz com que a pessoa com deficiência perca sua identidade em detrimento da deficiência, fragilizando sua autoestima.

 

Estas são algumas atitudes que, mesmo sem ter intenção, são negativas quando estamos tratando com pessoas com deficiência. Antes de terem uma deficiência, são pessoas e não são menos capazes, ou não podem responder por si mesmos.

Todos podemos algum dia cometer alguma barreira, por isso é importante se capacitar e, principalmente, se relacionar, conviver, dialogar com pessoas com deficiência. Precisamos continuar falando sobre inclusão e acessibilidade, apesar de achar que é um tema muito falado, muitas pessoas ainda não sabem como tratar, lidar e incluir uma pessoa com deficiência. Não existe inclusão sem capacitação.

Você tem amigos com deficiência? Convive com pessoas com deficiência?


Amanda Ribeiro

Mãe do Arthur, 4 anos, autista.

Autora do Blog @mamaequeviaja & Diretora da Incluir Treinamentos

Consultora de Acessibilidade e Inclusão

www.incluirtreinamentos.com.br

 

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