Publicado em 14/03/2025
Dois novos filhotes da arara-azul-de-lear nasceram no Zoológico São Paulo, na capital paulista, no mês passado. A espécie, que faz parte do Programa de Conservação do Zoo, tem um recinto especial no espaço, que é aberto para o público e fica no Bosque da Conservação. Um censo populacional realizado em 2024 pelo Grupo de Pesquisa e Conservação da Arara-Azul-de-Lear, em parceria com o ICMBio e outras instituições, apontou que houve crescimento do número de indivíduos na natureza.
O nascimento dos filhotes, que são fruto da relação das araras Maria Clara e Francisco, vai ser celebrado no próximo domingo, 16/3, quando o Zoo completa 67 anos. Esta é a segunda leva de aves da espécie que nasce no local. Em 2015, a instituição foi a primeira no país a ter sucesso na reprodução da arara-azul-de-lear e agora anuncia a chegada das duas novas araras, que nasceram em 17 e 20 de fevereiro. Um exame de DNA será realizado quando as primeiras penas das aves começarem a aparecer para descobrir o sexo dos filhotes.
A bióloga chefe do setor das aves do Zoo, Fernanda Vaz Guida, explicou que, para que haja a formação de novos casais da espécie, é preciso que haja intimidade entre eles. “Para nós é sempre uma alegria quando há sucesso reprodutivo, até por conta dos desafios que existem para formar casais de aves. O comportamento reprodutivo das aves é complexo e muito interessante”, disse.
Arara-azul no Zoo de SP
A arara-azul-de-lear quase foi extinta na década de 90, especialmente devido ao tráfico de animais silvestres. Em 2019, o censo populacional da espécie apontou que apenas dois indivíduos foram avistados na região do Boqueirão da Onça, na Bahia. Em 2022, foram observados 2.273 e, e 2024, 2.548.
Até novembro do ano passado, 19 indivíduos da espécie haviam nascido no Zoológico de São Paulo, segundo a bióloga Fernanda Guiza. Além disso, 5 aves foram soltas de volta para a natureza. O recinto da arara-azul-de-lear fica ao lado do da ararinha-azul, inaugurado em novembro. “Graças ao trabalho de manutenção sob cuidados humanos, de pesquisadores, de zoológicos, de criadores, que a gente consegue salvar tantas espécies que infelizmente correm o risco de extinção no Brasil”, falou Fernanda.
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